Este ano tivemos o Dia Internacional da Mulher junto com o Carnaval, um carnaval ao menos em São Paulo cinza e chuvoso tudo junto e misturado como nossas vidas, como a vida de mulheres que são tantas em uma só.
Devido as constantes notícias sobre o carnaval pouco se falou sobre o dia das mulheres, não que eu ache que tenha que ter um dia especial para se lembrar das mulheres, afinal de contas se pensarmos bem somos nós mulheres que movemos o mundo, a economia, os nossos lares e tantas outras coisas, mas é bom lembrarmos que muitas mulheres morreram e sofreram para que hoje possamos ter o livre arbítrio.
Livre arbítrio esse em que podemos escolher se queremos nos casar ou não, podemos escolher nossos maridos, podemos escolher se queremos ter filhos ou não, se queremos ter uma família ou não e até ter e assumir uma relação homossexual.
Algumas dessas coisas eram inconcebíveis no início do século passado, aliás ainda hoje algumas mulheres não podem escolher seu próprio destino. Em algumas culturas as mulheres tem que ser submissas aos maridos, aos pais enfim aos homens.
Hoje podemos gozar da nossa liberdade e do livre arbítrio mesmo tendo que acumular funções. Hoje não somos apenas donas de casa e mães, mas somos também (se assim escolhermos) donas de casa, mães, trabalhamos fora, gerenciamos e tomamos decisões em nossas casas, somos amantes e esposas enfim somos mulheres multifacetadas e gostamos de ser assim, de poder fazer tudo ou ao menos um pouco de tudo ao mesmo tempo, gostamos de ser fortes e frágeis ao mesmo tempo, gostamos de ser capazes de decidir tudo mas não conseguimos escolher qual vestido usar naquela festa, nos irritarmos com tudo e nos alegrarmos com tão pouco, enfim gostamos do paradoxo é isso que nos faz tão únicas: as certezas de nossas incertezas.
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